Sobre

Sobre o Turismo

Ao chegar a Ibirá, os visitantes se deparam com um estilo característico de vida, baseado nos costumes típicos do interior paulista, enriquecido pela tradicional Estância Hidromineral do município.
A apenas 6 km da cidade, encontra-se o pitoresco núcleo urbano, onde está localizado o Parque das Termas de Ibirá, que conta com serenos lagos, a pequena ilhota e a mini península, que servem de habitat para os gansos, além de poder pescar, andar de pedalinhos e curtir a descida de tirolesa.
Os visitantes organizam piqueniques no bosque, usufruem das piscinas, da pista de caminhada, que proporciona a prática de atividades físicas em contato com a natureza, em uma paisagem que une a variedade da fauna e da flora à antiga e singela arquitetura local.

hitória

Nossa História

A denominação “Ibirá ”  é originária da lingua Tupi-guarani (IBIR) e traduz-se como “fibra”,“envira” ou “embira”, retirada da casca de certas árvores, abundantes no território, que os Índios utilizavam para tecer seus utensílios. Ibirá, pequena cidade no noroeste paulista, no centro de uma grande bacia e ao lado da rodovia Washington Luis (entre São José do Rio Preto e Catanduva), emerge as águas das fontes hidromedicinais, ali existentes. Outrora esta bacia fora ocupada por densa floresta de jabuticabeiras, do qual ainda encontramos esporadicamente algum exemplar ressequido pela natureza que substituiu a floresta primitiva.

Durante muito tempo estas fontes permaneceram no mais completo abandono e inteiramente desconhecidas dos próprios Habitantes de Ibirá. Entrementes, em época remota, pouco acima das emergências, na cabeceira do rio Pouso Alegre, viveu uma tribo de índios, que provavelmente se estabelecera ali pela elevada abundância de caças que eram atraídas por essas águas medicinais, e ainda pelo conforto que lhe prodigalizaria a floresta de jabuticabeiras.

Segundo contam os antigos, no tempo em que existia a mata virgem era grande a afluência de toda casta de animais, que no instinto próprio pela conservação da vida, procuravam certamente aquelas águas de preferência às outras para abeberarem, ou iam a busca do sal carbonatado que branquejava nas imediações das nascentes, como resíduo da evaporação dos filetes da água mineral, que afloravam cor capilaridade , fenômeno este que se podia observar em suas adjacências; era tão grande em certa hora da manhã ou da tarde, segundo ainda nos informaram, a afluência de pássaros, principalmente dos verdes de bico redondo (tuins, periquitos, papagaios, etc.), que, devido ao barulho do passaredo , era difícil duas pessoas se entenderem, quando guindadas na espera de pau-a-pique espreitavam as vitimas despercebidas.

Ao se proceder a captação das nascentes, no decorrer de grande escavação em que se removeram centenas de metros cúbicos de terra, foram encontrados troncos de arvores, detritos vegetais, esqueleto completo de anta, caveira de macaco e de queixada, ossos diversos de veado e de outros animais soterrados a profundidade de cinco a sete metros, e no meio deste acervo velhíssimo, algumas pontas de lança feitas pelos selvícolas, formando tudo um cabedal interessante, com a qual se poderia, em visão retrospectiva, reconstituir as cenas movimentadas que se desenrolaram, em época distante, no recesso sombrio daquelas longínquas paragens de nossa selva.

Pelas sondagens feitas nas imediações das emergências pode-se fazer ideia da conformação primitiva do terreno, e chegar-se à conclusão de que ali existira erosão profunda, que encaixava a água mineral e com o correr do tempo, foi sendo obstruída pelos enxurros, em consequência da destruição da mata ali existente, sepultando-se , assim, os destroços da luta pela vida, que lá travará o aborígine com a alimária.

Quando conhecemos a fonte em seu nascedouro primitivo, a água emergia tumultuosamente, pondo em contínuo movimento a areia que se antepunha à saída, apresentando-se como um grande atoleiro; quando uma pessoa entrava no “poço”, afundava até certa altura; entrava outra e assim sucessivamente três, quatro, até oito ou mais indivíduos nele iam se acomodando perfeitamente, alargando-se a sua capacidade de aparente exiguidade, para, num carinhoso amplexo, a todos acolher em sua água benfazeja, retornando, depois da saída dos banhistas, a sua dimensão anterior.

Era tal a pressão exercida de baixo para cima, que, por mais que se quisesse afundar, ou melhor, atolar, não se conseguia submergir acima das axilas, e se o tentasse fazer, seria repelido a tona, logo que cessasse a força compressora.

Se fossemos estudar a história dos mananciais das Termas Vanádicas de Ibirá, iríamos encontrar  não os fastos da grande tradição romana, fenícia, caldáica ou egípcia, como as caravanas que penetraram o coração montanhoso da Europa antiga, à procura desses olhos de água miraculosos da terra, numa promessa de curas miríades.

Não! Mas, a necessidade orgânica da Vida presidiu aqui, o mesmo fenômeno quase antípoda, que proporcionou, noutras plagas, o desenvolvimento de inúmeros e importantes centros de civilização e progresso…

Lá, faraós, sacerdotes, pitonisas, doutores, sábios, heróis e homens fanatizados escutaram a natureza e abriram passadas para os pioneiros desses Balneários. Aqui foram, primitivamente, os “Totens” das grandes tribos indígenas que vagavam por esses recantos que descobriram o valor terapêutico das nossas águas medicinais.

Os índios vieram na pega de antas e capivaras, de veados e catetos, de quanta casta e abundância de animais  que se concentravam nesta paragem, como que a chamado de uma deidade restauradora da força, do vigor e da perspicácia instintiva da formosa alimária.

E os índios aprenderam que aquela atração misteriosa que a besta-fera sentia pelo local, nada mais era, senão , proveniente das curas que os animais encontravam para as suas mazelas, num redemoinho barrento, acidental, justamente onde hoje se localiza  o Parque Balneário de Termas de Ibirá.

Hoje, através de estudos realizados, a arqueologia nos confirma essas histórias e ainda acrescenta como ponto de destaque na geologia regional a “Presença de fósseis representativos da mega fauna do período mesozóico” que hoje encontram-se em museus de cidades como Uchôa, São José do Rior Preto, São Carlos, entre outras.

E essas histórias verdadeiras formam hoje o doce romance da geográfia sentimental  das Termas de Ibirá; são capítulos desta mística feita de tradição e ciência que encantam todos!

No final de seu reinado, D. Pedro II doou extensa gleba de terra entre a Vila Elisiário e a Fazenda Macacos ao súdito português Antônio Bernardino de Seixas residente em Casa Branca.

Eram 150 mil alqueires aproximadamente, situados no município de São José do Rio Preto.

Em 1878-1880, José e João Bernardino de Seixas, organizaram uma expedição organizadora a qual se juntaram alguns aventureiros e grupos de escravos, iniciando caminhada em demanda a terras inexploradas.

Chegaram em meados de 1880 , estabelecendo-se  inicialmente ao Córrego das Bicas, ponto inicial de colonização, local que corresponde ao atual Distrito das Termas de Ibirá.

Devido a presença hostil dos índios existentes no local; que supostamente tinham conhecimento dos valores terapêuticos e medicinais de nossas águas, fazendo o uso delas através de banhos naturais e também da lama medicinal existente na época, e a insalubridade do lugar; naquele tempo batido por febres palustres, fatores estes que fizeram com que os exploradores se transferissem à 6 Km adiante sob a proteção de São Sebastião, hoje atual sede do município, no ano de 1881.

Por muito tempo foi conhecida como Cachoeira dos Bernardinos; Freguesia de Cachoeira foi denominação inicial, posteriormente Freguesia de Ibirá e finalmente foi criado o Distrito de Paz, pertencente ao município de São José do Rio Preto. Em 13 de maio de 1913, foi elevado a categoria de Distrito Policial.

Com o desenvolvimento do “Distrito” conseguiu sua elevação para categoria de município em 12 de dezembro de 1921, pela Lei n.º 1817, sendo solenemente instalado em 22 de março de 1922.

Pela Lei n.º 41 de 18 de outubro de 1922, o município Ibirá, passou a ser subordinado à Comarca de Catanduva.

Posteriormente, os fazendeiros que por ali passavam conduzindo seus rebanhos perceberam que, ao ingerir e se banharem com as águas das nascentes ali existentes, os animais se revigoravam e ate se curavam de determinadas doenças em seus cascos e pele. Foi então que as pessoas começaram a fazer o uso dessas mesmas águas minerais para o tratamento de dermatites tais como a erisipela, eczemas, psoríase entre outars molestias.

Passou a ser considerada Estância Hidromineral, pelo Decreto Lei  nº13157 de 30 de dezembro de 1942, baixado pelo então interventor Federal Dr. Fernando Costa, autorizando a Fazenda do Estado  a adquirir uma área de 21 alqueires no município de Ibirá, no lugar denominado “Fonte Águas Minerais de Ibirá”.

A medida que se constatavam os resultados positivos em determinados tratamentos, outras efermidades eram testadas empiricamente e os relatos foram se acumulando ao longo do tempo.

A partir dai foram surgindo estudos cientificos realizados por conceituados médicos, o primeiro deles realizado pelo Dr. J. R. Reis no ano de 1945, consolidando assim a classificação de nossas águas termais como Minerais e  Medicinais.

Através da Lei complementar n.º 01 de 22 de agosto de 1.990, então Bairro das Termas de Ibirá, foi elevado para a categoria de DISTRITO DE TERMAS DE IBIRÁ.

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